Por que o Ensino Religioso? – parte 3



a parte 2 nós estudamos como as correntes filosóficas de séculos passados encararam a religião e seu ensino, ao ponto de desejarem acabar com esta. Contudo, essa terceira parte comentará rapidamente sobre o reerguimento da religião no modernismo e sua perspectiva no atual pós-modernismo.


Modernismo (1902-1945)

Com anos muitos agitados por causa das duas grandes guerras mundiais, e um período de êxodo rural, incluindo os imigrantes[1], o modernismo impulsionou novos valores que derrubaram o romantismo. A evidência objetiva e a utilidade da lógica, o desenvolvimento científico e o descobrimento de leis naturais forçaram as pessoas a olharem para a religião como algo verdadeiro, não científico, mas racional. [2]

O que antes (crenças e verdades) era considerado imaginação de homens ou invenções, agora podia ser provado através de raciocínios lógicos da Bíblia e Arqueologia (que estava em crescimento). Nesses anos as igrejas que ofereciam informações bíblicas inteligentes, muitas vezes tradicionais, eram bem-aceitas. Foi uma época difícil para as religiões orientais místicas, porém, tempos bons para o cristianismo racional e para o ensino religioso. [3]


Pós-modernismo (1945-Atualidade)

Entretanto, esses tempos bons da religião racional e lógica começaram a perder a estima das pessoas. Depois de tantas guerras, surgiram novas, Guerra Fria, Vietnã, etc., o racional não respondeu todas as dúvidas sobre o sofrimento humano e outras questões.

Há aqueles que dizem que a pós-modernidade é o lado positivo da história humana.[4] Nosso mundo atual é considerado como “sociedade tecnocrata” (governada pela tecnologia). Um mundo aberto para tudo e todos. A subjetividade de cada pessoa tem mais valor do que qualquer verdade antiga. A pluralidade religiosa nunca foi tão aceita e comunicada. As pessoas podem ser de várias religiões ao mesmo tempo,[5] pois “há verdade em todas”.

Neste mundo globalizado em que vivemos agora, somos pós-modernos de nascença, pensamentos e atitudes. Muitas vezes nós encaramos a Religião e o Ensino Religioso como algo desnecessário, por causa da inutilidade de produção financeira e, além disso, muito relativo.

Por causa dessa e outras dificuldades com a Religião, a Educação Adventista continua utilizando esta matéria. Quanto mais as pessoas procuram relativizar Deus e fazer da religião algo mais material do que existencial, mais nós ensinaremos que é necessário um princípio espiritual de vida. Tal princípio religioso completará e, até livrará, uma sociedade que padece de depressão, drogas, rebeldia e suicídios. O ensino religioso é uma pedra fundamental na construção da vida dos alunos e das famílias pós-modernas.[6]

Na parte 4, a próxima, analisaremos como as pessoas, que vivem num mundo secular pós-moderno (que se trata de assuntos secundários à Religião), podem se fortalecer em suas famílias, em suas batalhas pessoais e em suas visões acerca dos acontecimentos atuais. O Ensino Religioso mais uma vez será um norte e uma solução para você.

Por Hebert D. Liessi

[1] NICOLA, Jose. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. 8. ed. São Paulo: Scipione, 1988.
[2] PEREYRA, Mario; ESPINOSA, Enrique. La posmodernidad desde la perspectiva profetica.Libertador San Martin: Bienestar Psicologico Editorial, 2000. p. 20.
[3] MILLANAO, Juan O. Teología Contemporánea. Chillán, Chile: Universidad Adventista de Chile, 2004.
[4] Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3s-modernidade>. Acesso em: 1 abr. 2013.
[5] Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-54343/criticas-adorocinema/>. Acesso em: 24 mar. 2013.
[6] PEREYRA, 2000.

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