Veganismo e adventismo
Muitos adventistas têm usado a palavra “veganismo” como sinônimo da alimentação incentivada por Ellen White (veja, por exemplo,http://goo.gl/es9xqk). Esse é um equívoco bastante sério. Veganismo, por definição, NÃO se limita à alimentação, mas é uma ampla filosofia de vida baseada numa cosmovisão panteísta e/ou evolucionista, e defende pontos de vista antibíblicos sobre os animais e a natureza em geral.
A alimentação proposta por Ellen White tampouco é o vegetarianismo (segundo a definição técnica desta palavra). Confira a imagem abaixo para compreender as diferenças entre veganismo, vegetarianismo, lactovegetarianismo, ovolactovegetarianismo e flexitarianismo.
Ellen White foi flexitariana até o fim de sua vida. Até a década de 1890 (três décadas após a visão da reforma de saúde), ela comia carne vermelha com alguma frequência, mas depois isso se tornou bastante raro. Além disso, quando lemos os escritos de Ellen White, precisamos atentar para dois fatos:
1 – “Ellen White fazia distinção entre ‘carne’ e ‘peixe’” (Douglass, p. 315).
2 – “Para Ellen White, ser vegetariano não significava ser necessariamente um ‘abstêmio’, isto é, um abstêmio total [jamais comer carne], mas alguém que não come alimentos cárneos habitualmente”. As palavras exatas dela são: “Utilizam [carne] apenas num grau bastante moderado” (Douglass, p. 316).
Essas duas informações são confirmadas na recente Enciclopédia de Ellen G. White (a ser lançada pela CPB), artigos “Reforma de saúde” (p. 858-862) e “Vegetarianismo” (p. 1.246-1.248).
Portanto, o que Ellen White recomendava não era o vegetariananismo e muito menos o veganismo, e sim a alimentação ovolactovegetariana e provavelmente a flexitariana. Mas, obviamente, ela reconhecia que o vegetarianismo é um ideal que deve ser buscado.
O material mais completo e equilibrado sobre Ellen White e a reforma de saúde pode ser encontrado em Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White (CPB, 2002), p. 278-342. Veja também, na Enciclopédia de Ellen G. White, os artigos “Reforma de saúde” (p. 858-862), de Herbert Douglass; “Dieta” (p. 771-773), de Sylvia Fagal; “Vegetarianismo” (p. 1.246-1.248), de Sylvia Fagal e Roger Coon; “Queijo” (p. 682-683), de Winston Craig; “Conselhos Sobre o Regime Alimentar” (p. 739-740), de Sylvia Fagal; “Ovos” (p. 797-798), de Denis Fortin; e “Leite” (p. 982-983), de Winston Craig.
Para compreender o ensino adventista sobre saúde e alimentação, veja George W. Reid, “Saúde e cura”, em Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (CPB, 2010), p. 751-783.
Fonte da imagem: http://goo.gl/vTtYAl
(Escrito por Matheus Cardoso)
A alimentação proposta por Ellen White tampouco é o vegetarianismo (segundo a definição técnica desta palavra). Confira a imagem abaixo para compreender as diferenças entre veganismo, vegetarianismo, lactovegetarianismo, ovolactovegetarianismo e flexitarianismo.
Ellen White foi flexitariana até o fim de sua vida. Até a década de 1890 (três décadas após a visão da reforma de saúde), ela comia carne vermelha com alguma frequência, mas depois isso se tornou bastante raro. Além disso, quando lemos os escritos de Ellen White, precisamos atentar para dois fatos:
1 – “Ellen White fazia distinção entre ‘carne’ e ‘peixe’” (Douglass, p. 315).
2 – “Para Ellen White, ser vegetariano não significava ser necessariamente um ‘abstêmio’, isto é, um abstêmio total [jamais comer carne], mas alguém que não come alimentos cárneos habitualmente”. As palavras exatas dela são: “Utilizam [carne] apenas num grau bastante moderado” (Douglass, p. 316).
Essas duas informações são confirmadas na recente Enciclopédia de Ellen G. White (a ser lançada pela CPB), artigos “Reforma de saúde” (p. 858-862) e “Vegetarianismo” (p. 1.246-1.248).
Portanto, o que Ellen White recomendava não era o vegetariananismo e muito menos o veganismo, e sim a alimentação ovolactovegetariana e provavelmente a flexitariana. Mas, obviamente, ela reconhecia que o vegetarianismo é um ideal que deve ser buscado.
O material mais completo e equilibrado sobre Ellen White e a reforma de saúde pode ser encontrado em Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White (CPB, 2002), p. 278-342. Veja também, na Enciclopédia de Ellen G. White, os artigos “Reforma de saúde” (p. 858-862), de Herbert Douglass; “Dieta” (p. 771-773), de Sylvia Fagal; “Vegetarianismo” (p. 1.246-1.248), de Sylvia Fagal e Roger Coon; “Queijo” (p. 682-683), de Winston Craig; “Conselhos Sobre o Regime Alimentar” (p. 739-740), de Sylvia Fagal; “Ovos” (p. 797-798), de Denis Fortin; e “Leite” (p. 982-983), de Winston Craig.
Para compreender o ensino adventista sobre saúde e alimentação, veja George W. Reid, “Saúde e cura”, em Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (CPB, 2010), p. 751-783.
Fonte da imagem: http://goo.gl/vTtYAl
(Escrito por Matheus Cardoso)
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