MULHERES DE PODER – 1

(Meditações Diárias, 20 de novembro)

“Não pode haver […] nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).

“Ela realizou mais nos últimos dois anos do que qualquer pastor do estado. […] Sou […] favorável a conceder [uma] licença para a Sra. Lulu Wightman pregar e, se o irmão W. for um homem capaz e trabalhar com a esposa, prometendo se transformar em um obreiro de êxito, sou a favor de dar uma licença para ele também.” Essas foram as palavras do pastor S. M.
Cobb, ao escrever para o presidente da Associação de Nova York, em 1897.
Uma vez que a maioria dos ministros adventistas é do sexo masculino, poucos reconhecem a contribuição feita à igreja por mulheres que têm servido como ministras [isto é, pastoras] e em outras funções.
Sem dúvida, o papel de Ellen White foi central para a fundação e o desenvolvimento do adventismo. Embora a denominação nunca a tenha ordenado formalmente, desde 1872, ela possuía uma credencial de ministra ordenada. Crendo que sua ordenação tinha vindo de Deus, ela parece não ter se preocupado com a imposição de mãos humanas. É inquestionável que ela foi o(a) ministro(a) mais influente que já serviu à Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Muitas outras mulheres atuaram durante o fim do século 19 e início do século 20 como ministras licenciadas. Uma das primeiras deve ter sido Sarah Lindsay, que recebeu a licença em 1872. Os anuários da denominação citam mais de vinte outras mulheres que serviram como ministras licenciadas entre 1884 e 1904 – as duas primeiras décadas do anuário.
Apesar de, por vezes, sofrerem discriminação, tais mulheres deram importantes contribuições para a igreja.
Minnie Sype [1869-1956], por exemplo, fundou pelo menos dez igrejas. E, além de seu trabalho evangelístico, ela desempenhou funções ministeriais como a realização de batismos, casamentos e funerais. Em determinada ocasião, ela foi criticada por se propor a pregar sendo mulher. Ela respondeu que, depois de ressuscitar, Jesus comissionou Maria a contar para os discípulos que Ele estava vivo. Minnie declarou que estava seguindo os passos de Maria, contando às pessoas que Cristo, além de ter ressuscitado, viria outra vez.
Deus pode usar tanto homens quanto mulheres para espalhar as boas-novas da salvação em Cristo. É disso que se trata o ministério. A igreja estaria em melhores condições se contasse com mais mulheres e homens no ministério do Salvador ressurreto.
(Tradução corrigida segundo o original em inglês, disponível aqui:https://goo.gl/nVgqFW. Veja também a tradução publicada pela editora adventista da Argentina: http://goo.gl/kuLTbo.)



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NOTA:
Nos últimos anos, tem havido na IASD um importante debate sobre a ordenação de mulheres ao ministério pastoral (http://goo.gl/76dzfd). Na assembleia da Associação Geral de 2015, foi votado que as divisões mundiais da IASD não devem ter autonomia para tomar suas próprias decisões a respeito dessa prática. A IASD continuará a estudar a questão, mas, ao contrário do que muitos supõem, o voto não diz respeito ao ministério de pastoras nem à ordenação de anciãs (http://goo.gl/ToJRwo).

Na última assembleia da Associação Geral, o pastor Ted Wilson, presidente mundial da IASD, explicou que “o voto não tem que ver com o fato de mulheres serem ordenadas como anciãs de igrejas locais, uma prática regulamentada pela igreja que existe há várias décadas. Ele declarou que o voto também não está relacionado a pastores comissionados, que, de acordo com os regulamentos da igreja, podem ser homens ou mulheres” (http://goo.gl/xNkQId).

Desde 1975, a Associação Geral da IASD autoriza a ordenação de anciãs de igrejas locais, e, desde 1990, autoriza o ministério de pastoras comissionadas (não ordenadas)

(http://goo.gl/AIsf0o). Pastoras comissionadas da IASD podem desempenhar quase todas as funções de um pastor ordenado, inclusive presidir igrejas e realizar cerimônias de batismo e casamento (http://goo.gl/xNkQId). Um dos vice-presidentes da Associação Geral, Ella Simmons, é uma pastora comissionada (http://goo.gl/NeZ5GD). Cada divisão mundial da IASD possui autonomia a respeito dessas práticas, e a Divisão Sul-Americana decide não ter pastoras nem anciãs em seu território.


(Imagem: Tara VinCross, então pastora titular da IASD Chestnut Hill, Filadélfia, Pensilvânia, realiza batismo em maio de 2014. Atualmente, ela é pastora titular da IASD REACH e diretora da Escola de Evangelismo Urbano REACH, localizados em Filadélfia.)

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